Em entrevista publicada pelo site Industry Gamers nesta semana, John Carmack, diretor de Rage e famoso por desenvolver o motor gráfico de Doom Quake, afirmou acreditar que em breve, existirão aparelhos móveis com uma capacidade equivalente ou até mesmo superior aos atuais consoles da geração.
Carmack aponta como um dos principais motivos a velocidade a qual esta tecnologia tem avançado e se modificado, “Um dos pontos que discutimos internamente (na Id Software) e é impressionante pensar que quando iniciamos o nosso trabalho em Rage, tanto o iPhone como a plataforma iOS não existia. E tudo isto aconteceu no ciclo de desenvolvimento de apenas um projeto”, completa.
De acordo com ele, o iPad 2 pode ainda não ser tão forte quanto o Xbox 360, mas o fato de ter atingido tal patamar em tamanha rapidez, significa que quase certamente daqui a dois anos, existirão aparelhos mais potentes do que estes que os títulos de alta qualidade gráfica são produzidos.
Apesar de toda esta rapidez, o diretor explica que aparelhos como Tablets ou smartphones já possuem a capacidade de produzir títulos de alto calibre, mas que isto não vem sido feito. Na verdade, ainda são tratados como formas de distração em curto prazo. Em um futuro próximo, talvez isto poderá mudar, pois, no atual estado da indústria de games, os títulos de alto calibre estão sendo vendidos em uma quantidade nunca antes vista, mesmo com toda a concorrência. “Então isto aparenta ser um crescimento em paralelo do que uma plataforma que está pegando mercado da outra. Mas ao pensar a frente, você pode certamente imaginar um futuro onde, ao invés de ter seu console, você terá o seu aparelho portátil e ele interagirá com sua TV e quando você tiver interesse de jogar na telona, isto será feito com o próprio aparelho.”
Para ele, um dos pontos fortes desta metodologia de jogo, é a sua conveniência. E assim como jogos para aparelhos móveis, serviços de Streaming como o Onlivetambém estarão presente no futuro. Talvez não da mesma forma e ainda com problemas como tempo de resposta maior do que se jogado localmente, mas que a conveniência ainda iria contrabalancear tais problemas. “Me pergunto se os jogos mobile terão mais e mais conveniência, onde provê uma experiência boa o suficiente para a maioria das pessoas – há uma variedade de pessoas e há uma variedade de conceitos e direções que os jogos podem tomar. Você possui uma audiência completamente casual que não possui interesse algum em comprar um PlayStation 3 e ao mesmo tempo, um público hardcore que quer sentar durante um final de semana e ficar em uma posição onde podem jogar por mais de 20 horas”.

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